Todo o grupo na SEMOC em outubro:
Carol
Fernanda
Gustavo
Lucas

Fonte: FSP, Ilustrada, 19.09.2007

PERGUNTA - Seus filmes com freqüência confundem muito o espectador. Supondo que você leia resenhas, com que freqüência já ficou sentado resmungando "Não, não. Eles não entenderam o principal"?
LYNCH - Leio resenhas muito raramente, mas é tão lindo que as pessoas tenham sua visão própria das coisas, e isso é muito importante. Todos nós enxergamos o mesmo mundo, mas temos idéias distintas sobre o que está acontecendo. O mesmo acontece num filme. Quanto mais abstrato, maior é a diferença de interpretações. Então é assim que funciona. O filme é o mesmo, mas os espectadores são diferentes, então o filme vai trazer à tona mais e mais coisas diferentes à medida que se torna mais abstrato.

PERGUNTA - Você respeita a pessoa que diz "Detestei, não entendi" tanto quanto a pessoa que afirma "Adorei e acho que captei cada minuto"?
LYNCH - Respeito sim, porque é preciso. Nenhum filme agrada a todos. Existem pessoas que têm uma cabeça muito concreta e não apreciam abstrações, e há outras que amam quando a coisa fica abstrata. E o filme não é todo abstrato, mas todo filme do qual eu gosto contém abstrações e desencadeia todo um processo mental e emocional, e isso é muito belo e importante.

PERGUNTA - Você nunca aderiu realmente a Hollywood, e Hollywood nunca aderiu realmente a você, mas o que você acha da indústria cinematográfica hoje em dia?
LYNCH - Não há como pensar nada de Hollywood, em dia nenhum. Ela está sempre mudando, e é impossível capturá-la porque está sempre se modificando. Adoro viver em Hollywood. Embora eu nunca tenha feito um filme de estúdio, gosto da idéia toda dos estúdios e da idéia das pessoas chegando para encontrar seus sonhos. Adoro o mistério daqui, a sensação da era dourada de Hollywood que ainda está presente aqui. Adoro o perfume dos jasmineiros à noite. Há uma coisa linda, linda acontecendo, mas o filme mostra apenas alguns momentos pequenos dela. Um lugar traz idéias à mente, e acho que há ainda mais idéias aqui. E estou ocupado tentando captá-las.

Tradução de parte da entrevista concedida a HOLLYWOOD WATCH

Acho que é difícil ver série americana ganhar versão cinematográfica. Mas... quase vinte anos depois da estréia na TV, a série The Simpsons passa a lotar cinemas de todo o mundo. Com uma historinha muito bem construída sobre a poluição, o filme se tornou a maior bilheteria de 2007 do Brasil em único final de semana e já aparece entre os 10 mais vistos (até então) de 2007, segundo os dados do FilmeB (www.filmeb.com.br). Quem também vai para os cinemas é o Jack Bauer com a série 24 Horas, assim como The Simpsons é distribuído pela rede Fox. As gravações estão previstas para começar em 2008. É claro que o número de séries que foram para o cine são várias como Power Rangers, Sabrina e entre outros... mas não conheco nenhum filme que virou série! Mas... quem é não queria ver sua série favorita nas telonas ou seu filme favorito em séries com um milhão de temporadas?



No Brasil, há um exemplo bastante interessante, primeiramente um filme chamado Cidade de Deus (2002) deu origem a mini-série Cidade dos Homens (2003), que por sua vez retorna, em 2007, versão cinematográfica com o mesmo título. Darlan Cunha foi “Filé Com Fritas” e o Douglas Silva “Zé Pequeno” na primeira fase da história de Cidade de Deus, em que eram crianças. A temática da série Cidade dos Homens é a mesma da película original, violência, ambiente da favela e contraste social, porém os atores já adolescentes interpretam novos personagens, Laranjinha e Acerola.


Outro exemplo é Carandiru (2003), um dos maiores sucessos da Retomada do Cinema Brasileiro também ganhou versão seriada para a TV, intitulada Carandiru: Outras Histórias. O interessante era que os espectadores pudessem saber um pouco mais de cada personagem do filme na série. Com apenas 10 episódios, a série foi um sucesso em audiência.

Vale ressaltar que as séries da Rede Globo fazem as pessoas irem aos cinemas, como aconteceu com Os Normais (2003), Casseta e Planeta (2003 e 2006), e quem lembra da TV-colosso? Que foi fazer um passeio nas telas do cinema em 1995 em Super-Colosso: A Gincana da TV Colosso (hahahaha minha irmã até hoje me lembra que foi o pior filme que ela assistiu comigo). Sem contar que O Auto da Compadecida (1999) quebrou recordes de audiência na televisão, foi ao cinema em 2000 sem contar novas histórias (retirando 100 minutos do que foi exibido na TV) e mesmo assim, levou mais de um milhão de pessoas ao cinema.

A série A Grande Família estreou em 1972 e o remake foi realizado em 2001. Com sucesso de audiência (tão bom quanto das novelas) em 2007, foi para o cinema, que é o único filme brasileiro que vemos na lista do FilmeB como o mais assistido do ano, aparecendo na nona colocação. Ainda em 2007, com o final da série Antônia, rapidamente fizeram a produção e exibição nos cinemas, pelo sucesso que fez na televisão muitos esperavam boas bilheteiras, o mesmo não aconteceu. O estranho foi colocar A Pedra do Reino (já que não fez sucesso na TV!) nos cinemas. Acredito que por ter gastado tanto em produção, estão tentando caçar alguns níqueis em poucas salas de arte, será que alguém vai ter saco de ficar vendo 4 horas da série COMPLETA no cinema?

Espero não ter esquecido nenhuma outra série/cinema nacional da retomada. Independente da ordem de exibição, sendo lançado primeiramente como série ou filme, o que podemos observar em sua maioria, grandes sucessos nas bilheterias. O processo de troca na TV e no Cine ou Cine e TV é muito vantajoso para ambas as partes.

Opa, mais um filme sobre o grande mestre Hitchcock...


De acordo com notícias lidas nesse grande mundo virtual, Anthony Hopkins fará o papel de Hitchcock no drama intitulado "Alfred Hitchcock and the Making of Psycho". Pelo menos dessa vez é um drama e com um grande ator...
Parece, que as filmagens serão inciadas em Janeiro, e a data prevista para estréia é 31/12/2008

Outro filme é o "Number 13", uma comédia-suspense, que tem no elenco Ewan McGregor. Dizem por aí, que esse filme segue a linha de "Shakespeare Apaixonado"

...

Nem vou comentar, afinal sou uma fã de Shakespeare e de Hitchcock... Porém, acredito que o drama com Hopkins pode ser algo bem interessante.

Uma das fontes da notícia: http://br.cinema.yahoo.com/noticias/16884