Cinema e Expressões




Cinema e Expressões
07 a 11 de abril de 2008. Sala Alexandre Robatto DIMAS – Diretoria de Artes Visuais e Multimeios Rua General Labatut, 27, Barris.

24.3.08
07/04/08, às 09:00 horas - O Roteiro Cinematográfico – experimentações estéticas, novas propostas narrativas.


A profissionalização da criação de roteiros no Brasil abriu espaço para o surgimento de figuras como o script doctor, uma espécie de consultor a apontar para os autores os defeitos a serem corrigidos ainda durante a elaboração do roteiro. Roteiros escritos sob encomenda e projetos autorais: limites do mercado e busca por novos olhares.Caminhos possíveis para jovens realizadores.

Debatedores:

Ana Rosa Marques
Documentarista. Professora de Vídeo da OI KABUM.
Mestre em Comunicação pela Universidade Federal Fluminense.

João Rodrigo Mattos
Diretor. Roteirista. Especialista em Produções Internacionais e Desenvolvimento de Projetos para Cinema e Televisão – International Board of European Audiovisual Entrepeneurs - Portugal.


08/04/08, às 09:00 horas - Cinema e Rebeldias – Transgressões narrativas e temáticas em filmes realizados no Brasil, a partir dos anos 60.


As transgressões estéticas no Cinema Nacional costumam ser estudadas no período entre os anos 60 e fins dos 70 a partir de importantes e conhecidos movimentos culturais ocorridos no país, principalmente, o Cinema Novo e o Cinema Marginal. Pretende -se aqui traçar um panorama dos filmes mais significativos deste período, bem como, identificar influências e novas propostas estéticas nos filmes mais recentes produzidos no Brasil.

Debatedores:

Cláudio Luiz Pereira

Doutor em Ciências Sociais pela UNICAMP. Antropólogo pela Universidade Federal da Bahia.


Marcos Pierry

Mestre pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo. Jornalista. Professor de Cinema.



09/04/08,às 09:00 horas - “Um anti-filme para um anti-espectador?” – para onde foi o Cinema de Autor?


Mesmo numa indústria de cinema como Hollywood, muitos críticos e cinéfilos apontaram alguns diretores como expoentes de um certo cinema de autor.Com as transformações sofridas pela produção cinematográfica no Brasil, há espaço para filmes autorais? Cabe ainda falar em cinema de autor? Conceito e contexto da expressão cinema de autor.

Debatedores:

André Setaro
Mestre pela Universidade Federal da Bahia. Crítico de Cinema. Jornalista.
Regina Gomes
Doutora em Cinema pela Universidade Nova de Lisboa. Coordenadora do Curso de Especialização em Cinema na Universidade Católica do Salvador – UCSAL.




10/04/08, às 09:00 horas -Isto não é ficção – o boom do documentário no Brasil.


Com o acesso a novas tecnologias, houve uma profusão de documentários na produção audiovisual brasileira dos últimos anos. Muitos deles obtiveram índices expressivos de espectadores que os assistiram dentro, é claro, dos números do mercado cinematográfico brasileiro. Sucesso de público e influências narrativas para jovens realizadores. A produção de documentários e o acesso a novas tecnologias digitais.

Debatedores:

Daniel Lisboa
Cineasta. Diretor e Produtor da Cavalo do Cão Filmes.

José Francisco Serafim
Doutor em Cinema Documentário Univ.- U. PARIS X . Pesquisador e Professor de Cinema na Universidade Federal da Bahia.


Postado por Cinema e Expressões às 19:14
11/04/08, às 09:00 horas - Filmes B. O. - a realização de produções de baixo-orçamento.


Discutir propostas de políticas públicas para produção de filmes de baixo-orçamento e também outras modalidades de captação de recursos, como cotas de patrocínio e apoios, independentes das leis de incentivo.

Debatedores:

Lula Oliveira
Cineasta. Jornalista. Pós-graduado em Gestão de Projetos pela Fundação Getúlio Vargas. Presidente da Associação Baiana de Cinema e Vídeo – ABCV.

Solange Lima
Produtora Executiva de Cinema. Presidente da Associação Brasileira de Documentaristas e Curta-Metragistas – ABD Nacional.



Exposição Fotográfica "Boneca sai da caixa"

Imagens de corpos migrantes, figurações que retratam identidades nômades, sem fronteiras claras, que se recusam às classificações e aos modos socialmente aceitos de pensamento e de conduta. Corpos sexuados que posam para uma câmara amável, que convida a um recorrido não convencional. Fotos que mostram corpos de interface, corpos como mosaicos de peças desmontáveis, brinquedos de armar...

Boneca sai da caixa anuncia o título da exposição fotográfica realizada pelos monitores do Laboratório de Fotografia da Faculdade de Comunicação da UFBA, com vernissage marcado para o dia 3 de abril, no Instituto Cervantes.

Boneca, sai da caixa! Quase uma ordem para sair a brincar um jogo que nem sempre é risonho, por que mobiliza também intolerância, pré-conceito e violência.

As imagens desta mostra se comprometem com a paródia, com sua força política, com belezas deslocadas, com corpos em estado de tradução permanente. Os retratos deste jogo têm a possibilidade de oferecer pistas para pensar formas alternativas de estar no mundo, de amar, de ser viajantes do desejo.

Não é preciso ir longe nem sair de mala e cuia. Podemos ser nômades sem sair de casa, apenas jogando o jogo das máscaras, do faz de conta, como neste pequeno teatro montado em paralelo à Parada Gay de Salvador do ano passado. Atores cujas fantasias - cheias de detalhes, brilhos, lantejoulas e paetês – nos dizem que o verdadeiro está na aparência. Posaram sem pudores pelo prazer de anunciar que são o que escolheram ser e que máscaras não são caretas. Poderemos, algum dia, olhar para essas fotos como retratos das diferenças e não como desvios?

Pelo direito de ser, de existir e, principalmente, de brincar para além do dia da Parada Gay, as imagens produzidas por estes jovens fotógrafos podem ser visitadas todos os dias, entre 3 e 30 de abril, das 8 às 19 horas no salão de artes do Instituto Cervantes, situado na Ladeira da Barra. Por último, mas não menos importante, há de se destacar o patrocínio da Trans Serv, empresa de transportes gay friendly, sem a qual esta exposição não seria possível.

Graciela Natansohn



Contatos
Coordenação e curadoria: José Mamede (mamede@ufba.br / 9962-8389)
Produção: Nara Pino (luizapino@gmail.com / 8714-1917)


A Boneca na Mídia:


http://mixbrasil.uol.com.br/mp/index.shtml
http://mixbrasil.uol.com.br/mp/upload/noticia/4_63_65890.shtml

http://www.cultura.ba.gov.br/noticias/plugcultura/exposicao-fotografica-boneca-sai-da-caixa

http://www.athosgls.com.br/noticias_visualiza.php?contcod=22967

http://nabahiacontece.blogspot.com/2008/03/exposio-fotogrfica-boneca-sai-da-caixa.html

http://www.portal.ufba.br/ufbaempauta/2008/marco/terca18/fotos

http://revistadom.wordpress.com/2008/03/19/as-fotos-os-livros-e-as-muitas-baladas/

http://www.atarde.com.br/cultura/noticia.jsf?id=853776

http://revistafraude.blogspot.com/2008/03/boneca-sai-da-caixa.html

http://revista-lupa.blogspot.com/2008/03/novidade.html


1ª Mostra de Cinema Possíveis Sexualidades

De 3 a 11 de abril, acontece a 1ª Mostra de Cinema Possíveis Sexualidades, que reunirá, em Salvador, longas de ficção e documentários produzidos na Espanha, Brasil e Argentina. Os filmes serão exibidos no Instituto Cervantes, no circuito SALADEARTE (UFBA e Museu Geológico da Vitória) e na Sala Walter da Silveira.

Estréias em salas baianas - Nesta primeira edição, a curadoria realizada por Rodrigo Barreto compôs um quadro diversificado do tratamento da sexualidade no cinema, selecionando obras com personagens e temáticas homossexuais, bissexuais e transexuais. O evento marcará a estréia, em salas baianas, de três filmes bastante aguardados: os nacionais "Onde Andará Dulce Veiga?", e o documentário "Uma Questão de Gênero" e o filme argentino "XXY".

"Onde Andará Dulce Veiga?" representa o retorno do cineasta Guilherme de Almeida Prado às telonas, que também dirigiu Perfume de Gardênia (1992) e A Hora Mágica (1998). O roteiro de "Onde Andará Dulce Veiga?" é de 2002, baseado em romance de Caio Fernando Abreu, que era grande amigo do diretor. O filme porém estreou no Festival do Rio de 2007 e não chegou à Bahia. Originalmente o filme não chegaria às telas baianas. A Mostra Possíveis Sexualidades não apenas irá exibi-lo como trará ainda o diretor Guilherme de Almeida Prado virá para discutir as intersecções entre o cinema e a obra de Caio Fernando Abreu.

"XXY" também foi bastante comentado quando lançado por conta de sua abordagem sensível da temática da intersexualidade (o protagonista, Alex, tem os dois sexos desenvolvidos). A diretora de "XXY", Lucía Puenzo é filha do único diretor argentino a ganhar o Oscar, Luis Puenzo, com "A História Oficial" (1985). "XXY" estreou com sucesso no Brasil durante a 31ª edição da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo no ano passado. "XXY" ganhou o prêmio da Semana da Crítica no Festival de Cannes em 2007 e foi escolhido como representante da Argentina na disputa por uma indicação ao Oscar de melhor filme em língua estrangeira, mas acabou não sendo selecionado.

"Uma Questão de Gênero", documentário do publicitário e ator Rodrigo Najar também estreiará na Mostra. O documentário trata dos gêneros pelo olhar de sete transexuais das mais diversas regiões do Brasil e com idades que variam de 19 a 37 anos. Tais histórias passam pelo mesmo ponto de intersecção: a aceitação pela sociedade e o reconhecimento do gênero a que pertencem. É o primeiro documentário de Rodrigo Najar. (http://umaquestaodegenero.blogspot.com)

Exposição fotográfica - No dia 3, no Instituto Cervantes, a Mostra terá início com a exposição fotográfica "Boneca Sai da Caixa" do Labfoto-UFBA. A exposição fotográfica é uma homenagem aos personagens que marcam presença na Parada Gay. Por meio de um registro esteticamente bem cuidado, pretende mostrar os melhores ângulos daqueles que, com suas fantasias, contribuem para tornar realidade uma cultura da paz e da promoção dos direitos humanos. As imagens foram produzidas em estúdio montado no Teatro Castro Alves, durante a Parada Gay em setembro de 2007, na cidade de Salvador.

Mesas de discussão - No dia 4 de abril, segundo dia da Mostra, ocorrerá a mesa de discussão Por que cinema gay? – Alternativas além do rótulo, com Denilson Lopes, presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) e pesquisador dos "queer studies", Miguel Albadalejo, diretor do badalado filme espanhol "Filhote" (2004) e Rodrigo Barreto, curador e co-idealizador da Mostra Possíveis Sexualidades. Mais tarde, no mesmo dia, o professor Denilson Lopes ainda lançará o seu livro A Delicadeza: Estética, Experiência e Paisagens.

No dia 5, ocorrerá a segunda mesa O cinema e a obra de Caio Fernando Abreu: possíveis interseções. Nesta mesa estarão presentes os acadêmicos Thiago Soares, formado pela Universidade Federal de Pernambuco, mestre em literatura também pela UFPE e doutorando da Federal da Bahia, e Leandro Colling, professor da Universidade Federal do Recôncavo Baiano e do Programa Multidisciplinar de Pós-graduação em Cultura e Sociedade da Facom/UFBA, pesquisador dos "queer studies", além do cineasta Guilherme de Almeida Prado.

As exibições serão gratuitas no Instituto Cervantes e serão cobrados preços populares no circuito SALADEARTE e na Walter da Silveira.

A Mostra é patrocinada pelo Fundo de Cultura da Bahia - 2007 Programa de Incentivo à Cultura da Secretaria da Cultura do Governo da Bahia.

Temos imagens (stills) em alta resolução (300dpi) do filmes, logomarca também em alta resolução e spot de TV à disposição da imprensa. A Programação completa da Mostra está em anexo. Os curricula dos membros das mesas estão também em anexo.

Atenciosamente,



--
João Barreto (71) 8744-4807
Assessor de Comunicação
Mostra Possíveis Sexualidades
www.possiveissexualidades.wordpress.com

Leôncio não morreu

Leôncio não morreu

Por: MALU FONTES
mfontes@grupoatarde.com.br

Todo mundo sensato sabe que a publicidade não tem compromisso com o verídico ou a verdade.
Ela serve a outros senhores, como o sonho, o desejo, a sedução e, claro, a persuasão. Para persuadir, investe sem limites na arte de emocionar. Emocionado, o sujeito perde a razão e em poucos segundos acha tudo aquilo lindo e já nem sabe sequer o que estão anunciando. Só sabe que é preciso comprar aquilo que lhe seduz.
E disso vive a economia contemporânea: convencer todos de que é absolutamente fundamental ter em casa uma série de coisas das quais ninguém precisa, sem as quais se viveu muito bem até ontem, mas que, depois de uma campanha publicitária benfeita, não dá para viver sem.
Está no ar em todas as emissoras de televisão locais uma peça publicitária primorosa, sobretudo porque produzida pelo poder público municipal. Olhada de relance, é um primor de beleza estética, uma peça quase lúdica, diante da qual a tendência mínima é o telespectador achar que seu sonho de consumo é lavar roupa na Lagoa do Abaeté e depois sair por aí, sorrindo, feliz da vida, de ônibus, usando o Salvador Card para entregar as trouxas de roupas às madames. Vista com mais atenção, no entanto, a peça não pode deixar de ser classificada como um discurso insensato contra tudo o que pregam as tais políticas públicas que não saem do papel e que falam de qualificação de mão-de-obra, inclusão, criação de oportunidades, garantia de escola de qualidade para crianças e jovens, etc.
Tudo o que se vê ali é uma homenagem involuntária aos clichês caros a essa baianidade inventada nas últimas décadas do século XX, em que tudo é produto e imagem para exportação, sejam as baianas sorridentes que, fora da vídeo, tornam-se agressivas no grau último quando os turistas não aceitam pagar por fotos batidíssimas ao seu lado no Pelourinho ou sejam os encantos da Lagoa do Abaeté, a mesma que, fora dos cartazes publicitários, é um convite explícito a um assalto a qualquer hora do dia.
TROUXA – Com o objetivo de anunciar, divulgar e promover a implantação e os benefícios do Salvador Card, o bilhete eletrônico que vai permitir que os usuários do transporte coletivo economizem pagando menos por trajetos maiores, nos quais têm que usar mais de um ônibus, a Prefeitura colocou no ar uma campanha publicitária que diz tudo sobre a mentalidade datada que a Bahia conserva sobre ela mesma e sobre as caricaturas que continua a produzir sobre seu próprio povo. Para ilustrar os soteropolitanos beneficiados com o tal cartão eletrônico, a escolha das personagens e o modo como são representadas e enquadradas foi no mínimo infeliz.No vídeo, vemos as recantadas águas do Abaeté e mulheres negras ultrafelizes enquanto lavam roupa sob um sol a pino que acentua o colorido de suas roupas e o brilho dos dentes escancarados em sorrisos.Em seguida, uma mulher negra e corpulenta, sempre feliz de dar inveja, pega um ônibus (vazio e limpo, claro, iguaizinhos aos de verdade que circulam em Salvador), carregando uma trouxa de roupas já lavadas, passadas e dobradas. Um detalhe faz toda a diferença. Uma menina, com ares de adolescente, negra como a mãe e tão feliz quanto, está ao seu lado, também carregando uma trouxa de roupa.
CULTURETE – A cereja do bolo está no discurso. Para falar da importância cultural das lavadeiras do Abaeté para a Bahia e associá-las ao mesmo tempo à “modernidade” eletrônica dos novos tempos e à importância da manutenção das tradições, a tal campanha sugere que é uma dádiva ver sendo passado adiante, de mãe para filha, o ofício de lavar roupas alheias e carregar trouxas delas cidade adentro e usando um cartão de plástico.
Ora, mas o poder público que faz esse tipo de inferência não é o mesmo que diz garantir a toda criança, jovem e adolescente o direito à escola de qualidade e à qualificação de mão-de-obra que lhe garanta, no futuro, uma oportunidade de emprego no mercado formal? Lavando roupas naquela idade, certamente a garota da propaganda dificilmente levará vantagem quando, no futuro, recorrer a uma das vagas do Serviço Municipal de Intermediação de Mão-de-Obra (Simm).
Não, não se trata de acusação de racismo nem de preciosismo politicamente correto, mas de chamar a atenção para o lugar simbólico ocupado, na propaganda ou no imaginário da cidade que a produz, por aquela menina que sorri por herdar da mãe a sina de lavadeira (ou alguém pensa que ser lavadeira é uma escolha e não uma contingência de quem não teve oportunidades?). O modo de enquadramento da garota é revelador de como a elite culturete, pensante e bem-nascida acha, mesmo que não assuma jamais que assim pensa, que deve ser o destino de meninas pretas e pobres.E ainda se dão ao luxo de achá-la uma sortuda por ter oportunidade de unir tradição (lavar roupa e andar de ônibus) e modernidade (pagar um tantinho a menos com um cartão de plástico).
ISAURAS – Assim, vai-se longe na manutenção de preconceitos. E vamos todos pensar que pensamentos dessa natureza e o crescimento da indústria de blindagem de carros e de cercas elétricas, por exemplo, não têm nada a ver entre si. Em outras palavras: quem morreu foi Rubens de Falco, o ator. A personagem clássica do senhor de engenho e da casa-grande Leôncio continua vivíssima por aqui, acredita piamente na sobrevivência eterna de Isauras pretas e vive escondido até mesmo em publicitários distraídos e gestores públicos que criam e aprovam, em 2008, uma campanha tendo como centro uma menina negra feliz por (já) ser lavadeira e acham que todo mundo vai achar lindo.

As 5 melhores frases

Sei que nem todos fazem parte do clube "amo quotes de cinema", mas acredito que concordamos que existem frases inesquecíveis, e frases muito marcantes...tão marcantes que passam a ser usadas no cotidiano, citadas em brincadeiras etc...

“Siga o coelho branco”, “Isso é mais informação do que eu precisava”, “Eu vejo gente morta”, “Luke, eu sou seu pai”, “Eu sei o que você fez no verão passado”, “My precious”. Talvez pensando nisso, uma instituição americana que analisa as tendências da linguagem - a Global Language Monitor - resolveu verificar qual frase causou maior impacto na sociedade americana.


Usando um algoritmo de criação própria [que rastreia com que freqüência as palavras e frases ocorre nos meios de comunicação eletrônicos e impressos, incluindo o universo de blogs, e a internet como um todo em bases de dados] o monitor selecionou as 5 melhores frases do cinema do ano passado:


{e o Oscar vai para}


Em 1º lugar: “Call it, friendo” (escolha, amigo) do filme Onde os fracos não têm vez

Em 2º lugar: “I drink your milkshake” (Eu bebo seu milkshake) do filme Sangue negro

Em 3º lugar: “Shoulda gone to China, because I hear they give away babies like free IPods” (Deveria ir para a China, porque ouvi que lá eles dão bebês que nem IPods de graça) do filme Juno

Em 4º lugar: “This is Sparta!” (Esta é Esparta!) do filme 300 de Esparta

Em 5º lugar: “I'm not the guy you kill. I'm the guy you buy off” (Não sou o cara que você mata. Sou aquele que você suborna) do filme Conduta de risco


E isso é válido? Funciona?


“Não sei, só sei que foi assim!” (O Auto da Compadecida).

Bilheterias em cinema bateram recorde em 2007


Nunca antes se faturou tanto com bilheteria de cinema quanto em 2007. O anúncio foi feito pelo MPAA, que divulgou a quantia arrecadada pelo setor em âmbito mundial e também nos Estados Unidos. Em ambos os casos, os números são recordes. Nos EUA foram arrecadados 9,63 bilhões de dólares, ultrapassando o recorde anterior, de 9,14 bilhões, atingido em 2006. Já em todo o planeta a arrecadação foi de 26,7 bilhões de dólares, sendo que o antigo recorde era de 2005, com 25,5 bilhões. O MPAA divulgou ainda que a quantidade de ingressos vendidos nos Estados Unidos permaneceu no mesmo patamar de 2006, com a diferença na arrecadação devendo a um aumento de 5% no preço dos ingressos. Outro dado importante foi o aumento no custo de produção e marketing de um filme hollywoodiano, que atingiu a média de 106,6 milhões em 2007. (Reuters)

Fonte: http://www.adorocinema.com.br/cinenews/cinenews.asp?codigo=481

Arrecadação de bilheteria global bate recorde em 2007

da Associated Press, em Los Angeles

A arrecadação de bilheteria global chegou a um recorde de US$ 26, 7 bilhões (R$ 45 bilhões) em 2007, segundo dados da Associação Americana de Cinema divulgados nesta quarta-feira.

O relatório informa que a renda fora da América do Norte aumentou 4,9%, o que significa que foi para US$ 17,1 bilhões (R$ 28,8 bilhões), representando cerca de dois terços de todas as vendas de ingressos de cinema.

A renda nos Estados Unidos e Canadá aumentou 5,4 % e atingiu um recorde de US$ 9,6 bilhões (R$ 16,1 bilhões). Apesar do aumento de receita, o número de ingressos vendidos não subiu, sendo de 1,4 bilhão, mas os preços aumentaram 5%.

A venda de ingressos no mundo todo ficou em US$ 25, 5 bilhões (R$ 43 bilhões) em 2006. Nos EUA e no Canadá, os maiores sucessos de bilheteria foram "Homem-Aranha 3", "Shrek Terceiro", "Transformers", e "Piratas do Caribe - No Fim do Mundo". Juntos, estes títulos arrecadaram mais de US$ 300 milhões (R$ 506, 1 milhões).

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u378970.shtml

Entrevista com Saymon Nascimento



O blog do GRACC publica mais uma entrevista. Desta vez com o jovem crítico de cinema baiano Saymon Nascimento que atua em publicações eletrônicas como Nacocó e Coisa de
Cinema

GRACC - O que você pensa sobre a classificação ortodoxa das estrelinhas presente em quase toda a imprensa cinematográfica brasileira?

NASCIMENTO - As estrelinhas são apenas apoio para o texto, como uma fotografia, legenda ou linha-fina. Quem tem interesse no filme, lê o texto; quem quer dica de consumo rápida, procura as estrelas, da mesma maneira que um leitor apressado só passa os olhos nas manchetes de um jornal. Nada errado com isso - é só não levar a sério.

GRACC - Muito se questiona sobre a verdadeira função da crítica cinematográfica, se para esta é reservado o papel de avaliar, informar, entreter, ou ainda enquadrar-se enquanto arte. Para você, qual seria a função predominante da crítica na atualidade?

NASCIMENTO - Crítica é informação e avaliação - refletir sobre um filme e contextualizá-lo para o leitor. Para isso, o profissional não deve ser apenas um "achador", mas alguém que tenha repertório para fazer esse tipo de julgamento. Claro, cultura não garante boa avaliação, mas ajuda bastante. O entretenimento deve vir como em qualquer texto de jornal - tem que prender o leitor de maneira elegante.

GRACC – Você acha que hoje existe um "divórcio" entre a crítica e o público no Brasil?

NASCIMENTO - Não digo que existe divórcio, apenas padrões diferentes de avaliação. A boa crítica deve estar familiarizada com filmes mais exigentes, sem perder o olho para grandes pérolas de fácil acesso. O público que vai ao cinema em busca de diversão rápida quer que o filme seja simples, básico - e há grandes filmes feitos desse jeito, como há muita porcaria. Portanto, não acho que há divórcio, mas uma interseção entre o público cinéfilo/crítica e o público, digamos, comum.

NASCIMENTO - Essa impressão de divórcio talvez se justifique pelo número supostamente pequeno de filmes acessíveis que prestem, mas acho que isso é cíclico. Essa década, por exemplo, teve grandes filmes "fáceis". O King Kong de Peter Jackson não perde em nada para Elefante, de Gus Van Sant.

GRACC – O que você pensa sobre a descentralização dos espaços da crítica de cinema que hoje migrou, sobretudo, para a internet?

NASCIMENTO - Acho excelente. Críticos como Ruy Gardnier, por exemplo, foram revelados na rede e estão entre os melhores do país, contando com os críticos de "jornalão". Outros, como Marcelo Miranda e Kléber Mendonça Filho até escrevem em jornal, mas se tornaram conhecidos por meio de sites. O grande André Setaro, por exemplo, passou a ser muito lido fora da Bahia. Tem gente que reclama da qualidade desses textos, mas não me parece haver uma desproporção entre críticos bons e ruins maior do que na grande imprensa. Ao contrário, essa geração digital têm acesso a um número muito maior de filmes, e deve chegar aos 40 anos com uma bagagem cinematográfica que a maior parte dos críticos de hoje não tem.

GRACC– O jornalista Daniel Piza (Jornalismo Cultural, ed. Contexto, 2004) afirmou que a relação da crítica de cinema com a produção nacional passou, desde 1994, por um certo paternalismo e "confundiu-se a satisfação por ver sua retomada com mérito verdadeiro de cada um dos filmes". Qual a sua opinião sobre o relacionamento entre a crítica e o cinema da retomada?

NASCIMENTO - Acho normal que, depois de um tempo sem filmes, os primeiros a romper a bolha sejam saudados em excesso. Normal, mas não justificável: crítico não deve ver qualidade onde ela não existe. De qualquer jeito, esse entusiasmo não durou muito. Não acho que, em geral, a crítica tenha sido condescendente com o cinema brasileiro pós-retomada. Até mesmo filmes aclamados no resto do mundo encontraram oposição forte por aqui, como Cidade de Deus.

GRACC– Como você avaliaria a crítica de cinema no Brasil?

NASCIMENTO - Como já disse, acho que vivemos um momento promissor com essa nova geração de críticos, que deve melhorar o nível geral, mesmo que não produza nenhum Moniz Vianna ou José Lino Grunewald. Esses críticos de cultura universal parecem cada mais raros, e isso não deve mudar, mas pelo menos teremos um número maior de bons críticos. Acho que, no geral, temos poucos críticos excelentes, e uma maioria mediana.




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