Um convite às risadas (de nós mesmos)!


Vamos lá! Você já deve ter ouvido falar nessa conversa de que o brasileiro ri da própria miséria! Pois bem, se é verdade ou não, é fato que esse tal brasileiro, que mais parece o fulano chamado Brasileiro, acaba por atenuar um pouco o fardo que por direito seria nosso. Contudo, o que vale mencionar é que, se rimos ou não de nós mesmos (e de nossa miséria), este assunto acabou por se tornar uma brecha que a cinematografia brasileira encontrou pra se expressar. O filme “O Diabo a Quatro”, de Alice de Andrade, é um deles. O enredo gira em torno de quatro personagens singulares que se enlaçam nos limites do bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro. A película mostra algumas das tantas imperfeições do quadro social a partir de uma trama baseada principalmente no caráter excêntrico da narrativa e personagens. O que comumente poderia se tornar um “filme engajado”, mostra ser uma produção descompromissada em buscar alternativas para sanar os problemas sociais do país, ou seja, o filme é uma tentativa de distanciamento dos enredos clichês e de exploração de formas alternativas de contar os fatos impregnados na teia social. A comédia tem um outro propósito: vamos rir de nós mesmos! E, ainda que não existam claros motivos para as risadas, o que vale mencionar é que, mesmo com uma narrativa um pouco conturbada, o filme além de ter uma bela composição imagética, possui uma trilha sonora perfeitamente convidativa ao enredo.

1 Comentário(s) para “Um convite às risadas (de nós mesmos)!”

  1. # Blogger regina gomes

    Carol,

    Ainda não vi o filme mas sinto que você já vem deixando sua marca estilística na escrita do comentário. Me convenceu com frases como"O que comumente poderia se tornar um “filme engajado”, mostra ser uma produção descompromissada" e "comédia tem um outro propósito: vamos rir de nós mesmos!"
    Bjs
    regina  

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